O que vai acontecer com as empresas de seguros quando os carros dirigirem sozinhos?

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Um futuro que parece estar muito distante pode estar mais perto do que imaginamos: os carros inteligentes. Mesmo que ainda demore certo tempo para que conquistem seu lugar no cenário das cidades brasileiras, os veículos que dirigem sozinhos já começam a ocupar espaço no mercado de alguns países do mundo. Este evento tem causado grande e justificada preocupação nas empresas de seguro automobilístico, considerando que, com estes autos inteligentes, supostamente não haverá mais acidentes de trânsito.

O que são os carros inteligentes?

A etapa anterior dos carros inteligentes do ano de 2050, são autos elétricos de alta tecnologia que começaram a ser lançados no ano de 2017. Os primeiros arquétipos possuem uma estrutura engenhosa que permite ao motorista colocar o automóvel em estado de condução automática por determinado tempo, por exemplo no caso de engarrafamento. Assim, as personas aproveitariam este tempo para efetuar atividades úteis, como trabalhar, estudar, ler, entre outros. Com este tipo de auto, o condutor permanece no seu lugar, sempre alerta ao que está acontecendo no trânsito a seu redor. O veículo em estado de condução automática está apto para realizar algumas atividades sozinho, como por exemplo: frear, acelerar, tem a capacidade de manter uma distância que permite que não se choque com os demais carros das autovias. Sua bateria permite que eles percorram até 400 kilomêtros sem que necessitem de recarga.

O modelo mais atual, que já circula pelas ruas de alguns países, foi fabricado no ano de 2018. Estes veículos estarão adaptados para: caminharem sozinhos pelas estradas, ultrapassar outros carros quando for necessário, estacionar com devidas precauções, e para efetuar longas viagens. Poderão fazer uma viagem de até 500 km sem precisar que sejam recarregadas suas baterias. Vale ressaltar que existirão vários postos de recarga disponíveis para esses automóveis nas ruas e autopista: 10 minutos mais ou menos é o tempo estimado que levarão para estarem completamente carregados novamente.

Como medida de segurança estarão aptos para detectar se o motorista está em condições de dirigir, se está sóbrio, ou se está cansado; terá um sistema de freio destinado a situações de emergência. Não vão requerir mais o uso de volante, pedais, toda essa parte será retirada dos carros, assim os passageiros disponibilizarão de mais espaço. Este novo modelo de automóvel irá trazer muito mais conforto às pessoas, que também se sentirão mais seguras ao realizar suas trajetórias diárias.

Como estes automóveis serão conduzidos?

Os veículos que serão lançados no ano que vem, ainda irão precisar de um piloto. Estarão prontos para conduzir pelas cidades através da ativação do piloto automático, mas não estarão totalmente sozinhos, sempre haverá uma pessoa ocupando o posto de motorista (condução delegada), que realizará o monitoramento. Poderão identificar sinais de trânsito, objetos fixos ou em movimento, podendo assim ter uma reação que lhes permitirá evitar acidentes. Este auto estará o tempo todo conectado com a internet a partir de um sistema android, similar aos que possuem os celulares, podendo desta maneira estabelecer comunicação com outras pessoas, fazer consultas on-line, pedir ajuda em casos de emergência, entre outros serviços. Empresas de automóveis bastante reconhecidas, como Volkswagen e Toyota, por exemplo, já estão desenvolvendo e produzindo autos deste modelo. Tendo em vista estes avanços tecnológicos no mundo dos automóveis, o que acontecerá com as empresas de seguros? Os preços das cotizações das empresas de seguro ficarão mais baratos?

O auto do futuro e as asseguradoras

De acordo com as últimas resoluções da consultoria do IHS dos Estados Unidos da América indicaram que no ano de 2050 será consolidado um veículo com tecnologia de inteligência robótica que dirigirá completamente sozinho, sem intervenção humana. Estes autos, entre outras qualidades estarão capacitados para voar, porque serão detentores de um sistema que estará articulado e será similar a de um drone. Com um padrão de avançada tecnologia, também poderão se comunicar com outros autos, evitarão desta forma os acidentes. Empresas de alta tecnologia como NASA e Terrafugia estão desenvolvendo protótipos em seus espaços de investigação.

Além de que terminará a contaminação atmosférica causada pelos combustíveis automobilísticos, estos autos serão capazes de diminuir significativamente los acidentes de trânsito ou podem até chegar a extingui-los completamente. É válido ressaltar que os acidentes no trânsito são um dos fatores que mais geram morte em diversas partes del mundo. Conforme uma pesquisa realizada por uma ONG (Organização Não Governamental) da Espanha, que se chama Línea Directa, os acidentes no trânsito irão reduzir em aproximadamente 27% ao ano.

Neste contexto, o que acontecerá com as empresas de seguros?

Diante do auto do futuro do ano de 2050, muitas companhias de seguro defendem que alguns riscos permanecerão e que com as novas tecnologias automobilísticas, consequentemente, haverá novos perigos, pelos quais os autos irão requerir de proteção. Um novo perigo poderia ser por exemplo: se um auto que dirige sozinho causa um acidente, de quem será a responsabilidade? Ao que tudo indica seria da empresa que fabricou o veículo. De este modo, as empresas de seguros continuariam  atuando neste tipo de situação, destinadas a outro público: às empresas fabricantes de carros. Outra nova ameaça seria a dos ataques cibernéticos. Por exemplo, um hacker poderia invadir o sistema android que está conectado ao seu veículo e manipulá-lo, ou colocar os passageiros como reféns, entre outros.

Enquanto não chega o auto do futuro, os demais que dirigem sozinhos mas com um motorista que o monitora, a responsabilidade continuará sendo do condutor. O que pode suceder é que como os riscos diminuirão de maneira considerável, os preços das coberturas dos seguros também poderão ficar mais baratos. Outra possibilidade seria a de que as empresas de seguros priorizem as medidas de prevenção. As empresas de seguros poderão oferecer coberturas de proteção para os lugares onde os autos permaneçam estacionados. Por exemplo, atualmente já existem casos em que se o cliente possui um carro que exerce a função de condução delegada, e está conectado à internet em tempo integral, caso ocorra um sinistro a empresa que o fabricou se responsabiliza na cobertura destes danos. Este é um exemplo que mostra a atuação em conjunto das empresas de seguros com as empresas fabricantes de automóvel. Devemos ressaltar que com o avanço tecnológico as empresas de seguros terão um acesso mais importante aos dados e informação no geral, o que lhes tornará possível oferecer um melhor serviço de proteção a seus clientes. Também terão acesso aos dados pessoais de seus clientes, com a possibilidade de analisar seus perfis, seus antecedentes em sinistros, no momento de realizar o contrato das apólices.

Em virtude do exposto, tudo indica que as companhias de seguros não irão desaparecer com a chegada dos carros que dirigem sozinhos, senão que irão caminhar junto, com este novo fato histórico, adaptándo-se às novas demandas do mercado. Atualmente, muitas empresas de seguros já possuem projetos que estão articulados com as empresas que fabricam e desenvolvem estes novos carros inteligentes, com a intenção de avançar também com seus serviços aos clientes.