A Inteligência Artificial (IA) atingiu um novo marco. A tecnologia, que já provou sua eficiência em diversos setores, entrou agora no mundo da música, tentando preencher uma lacuna de mais de cinco décadas, desde a separação da banda mais famosa de todos os tempos: The Beatles.
Um criador, conhecido como ‘Dae Lims’ no YouTube, conseguiu usar IA para recriar e dar vida a novas músicas dos Beatles. As canções são compostas usando as vozes e o trabalho dos membros originais da banda – Lennon, McCartney, Harrison e Starr, para produzir algo muito semelhante às canções originais da banda. Isso tem animado os fãs que anseiam por um novo trabalho dos Beatles desde que eles se separaram em 1970, mas também, levantado muito polêmica. Confira abaixo o vídeo:
Como já era de se esperar, esses desenvolvimentos no campo musical não ficaram isentos de controvérsia. O Universal Music Group (UMG), citando reivindicações de direitos autorais, interveio e causou a remoção de alguns desses vídeos no YouTube. Isso levanta questões legais e éticas sobre se a música gerada por IA pode ser considerada violação de direitos autorais.
É importante destacar que o direito autoral é um conjunto de normas e princípios que regulam os direitos morais e patrimoniais que a lei confere aos autores pelo simples fato de criarem obra literária, artística, musical, científica ou didática, publicada ou inédita.
Embora a IA tenha demonstrado sua capacidade de imitar estilos musicais, ela ainda carece da profundidade emocional e das experiências pessoais que muitas vezes inspiram e informam a música de um artista. Embora a música gerada por IA possa soar semelhante ao trabalho de um artista, pode não ter a ressonância emocional que vem de um artista humano.
Por outro lado, esses avanços na IA podem abrir novos caminhos para a exploração musical, permitindo a criação de sons e estilos totalmente novos.
A interseção entre IA e música levanta uma série de questões e desafios interessantes tanto para o mundo da tecnologia quanto para a indústria da música. A IA pode oferecer oportunidades para reviver a música de artistas que amamos, mas também requer consideração cuidadosa de questões como direitos autorais e autenticidade criativa. Diante desse cenário, artistas, fãs e a indústria da música terão que se adaptar e encontrar o equilíbrio certo para garantir que a tecnologia sirva à música, e não o contrário.
Fonte: Engenharia Interessante.